Leia com Elas indica: Tema Dignidade Menstrual
Gostou do tema do mês? Dignidade Menstrual
Tem live do Cine por Elas no dia 19/09 às 19h no Youtube
Quer ler um pouco mais sobre o tema? Então, vamos deixar aqui umas dicas de leitura!
Presos que Menstruam, Nana Queiroz.
A brutal vida das mulheres – tratadas como homens – nas prisões brasileiras. Grande reportagem sobre o cotidiano das prisões femininas no Brasil, um tabu neste país, Nana Queiroz alcança o que é esperado do futuro do jornalismo: ao ouvir e dar voz às presas (e às famílias delas), desde os episódios que as levaram à cadeia até o cotidiano no cárcere, a autora costura e ilumina o mais completo e ambicioso panorama da vida de uma presidiária brasileira. Um livro obrigatório à compreensão de que não se pode falar da miséria do sistema carcerário brasileiro sem incorporar e discutir sua porção invisível. Presos que menstruam, trabalho que inaugura mais um campo de investigação não idealizado sobre a feminilidade, é reportagem que cumpre o que promete desde a pancada do título: os nós da sociedade brasileira não deixarão de existir por simples ocultação – senão apenas com enfrentamento.
Lua Vermelha, Miranda Gray.
Este livro resgata a sabedoria do sagrado feminino para mostrar às mulheres modernas como elas podem voltar a aceitar a sua natureza cíclica e se reconciliar com todos os aspectos da feminilidade. Explorando arquétipos da menstruação e da condição feminina contidos na simbologia de mitos, lendas e contos de fadas, a autora oferece métodos e exercícios práticos para você entrar em sintonia com o seu ciclo menstrual, e assim impulsionar sua criatividade, viver sua sexualidade plenamente e aceitar as mudanças naturais do seu corpo e da sua vida.
Menstruação: A Sangria Inútil, Elsimar Coutinho.
Apresentação de uma pesquisa sobre a menstruação desde a Pré-História, o autor defende a tese de que a menstruação é uma sangria inútil, propondo a revisão de conceitos seculares.
O que nunca te contaram sobre seu ciclo menstrual, Lana Briden.
Neste livro, a Dra. Lara Briden abre um portal de autocuidado e autoconhecimento. Ela faz um chamado para que todas as mulheres percebam a potência que seu corpo é e saibam que seu ciclo menstrual é reflexo de sua saúde geral. Através de explicações claras e objetivas, histórias reais de pacientes, ilustrações e um jeito próprio de dialogar com as leitoras, ela constrói um caminho para que as mulheres percebam o que lhes faz bem e decidam o que querem para si.
Este livro contém informações para todas as fases da saúde hormonal da mulher – desde a puberdade até a período da menopausa. Os tratamentos indicados nele têm como base mais de 300 artigos científicos. Fluxos, hormônios, ciclos, sintomas, resultados… processos naturais que podem ser facilitados com informação correta, consciência e sabedoria. A beleza do incrível organismo vivo que somos se expressa na delicadeza e inteligência de cada ação que nossas células realizam integradas, se adaptando ao ambiente que se apresenta e sempre a favor da Vida, bem distante da visão mecanicista de que somos máquinas.
Não é só sangue, Patrícia Lemos.
Para algumas pessoas, a menstruação é a chatice que aparece de quando em vez; para outras, não incomoda tanto assim. Mas para todas as pessoas que menstruam: o ciclo menstrual é informação. Patrícia Lemos, educadora para a saúde menstrual e fertilidade, ajuda-nos a compreender o nosso ciclo menstrual e a olhá-lo como um indicador de saúde, sempre.
A lua de Alice: Uma história sobre a primeira menstruação e os ciclos femininos, Carol Petrolini.
Um livro infanto-juvenil lindinho… aborda o significado da primeira menstruação e dos ciclos femininos, faz reflexões sobre o ser mulher no mundo atual e traz à tona a importância da sororidade e da empatia.
Meu livrinho vermelho, Rachel Kauder Nalebuff.
Um livro infanto-juvenil que reúne histórias sobre menarca, coletadas de mulheres de todas as idades ao redor do mundo. Mulheres de diferentes gerações e culturas, de simples desconhecidas até as que se tornaram ícones, como Meg Cabot, Erica Jong, Judy Blume e Diablo Cody.
A origem do mundo: Uma história cultural da vagina ou a vulva vs. O patriarcado, Liv Strömquist.
Uma HQ (história em quadrinho) radical! Com humor afiado, a artista sueca expõe as mais diversas tentativas de domar, castrar e padronizar o sexo feminino ao longo da história. Dos gregos antigos a Stieg Larsson, das mulheres da Idade da Pedra a Sigmund Freud, de Jean-Paul Sartre a John Harvey Kellogg (o inventor dos sucrilhos), da fábula da bela adormecida a deusas hindus, de livros de biologia ao rapper Dogge Doggelito, A origem do mundo esquadrinha nossa cultura e vai até o epicentro da construção social do sexo. Para Liv, culpabilizar o prazer é um dos mais efetivos instrumentos de dominação ― graças à culpa, a maçã é venenosa e o paraíso mantém seus portões fechados. Uma crítica hilária, libertadora e instrutiva sobre o sexo feminino.
As boas mulheres da China, Xinran.
Entre 1989 e 1997, a jornalista Xinran entrevistou mulheres de diferentes idades e condições sociais, a fim de compreender a condição feminina na China moderna. Seu programa de rádio, Palavras na brisa noturna, discutia questões sobre as quais poucos ousavam falar, como vida íntima, violência familiar, opressão e homossexualismo. De forma cautelosa e paciente, Xinran colheu inúmeros relatos de mulheres em que predomina a memória da humilhação e do abandono: estupros, casamentos forçados, desilusões amorosas, miséria e preconceito. São histórias como as de Hongxue, que descobriu o afeto ao ser acariciada não por mãos humanas, mas pelas patas de uma mosca; de Hua’er, violentada em nome da “reeducação” promovida pela Revolução Cultural; da catadora de lixo que impôs a si mesma um ostracismo voluntário para não envergonhar o filho, um político bem-sucedido; ou ainda a de uma menina que perdeu a razão em conseqüência de uma humilhação intensa. Quando Xinran começou suas entrevistas, o peso de tradições antigas e as décadas de totalitarismo político e repressão sexual tornavam muito difícil o acesso à intimidade da mulher chinesa. Desde 1949, a mídia chinesa funcionava como porta-voz do regime comunista. Rádio, televisão e jornais estatais eram a única fonte de informação, e a comunicação com pessoas no exterior era rara. Em 1983, o presidente Deng Xiao Ping iniciou um lento processo de abertura da China. Alguns jornalistas começaram a promover mudanças sutis na maneira como apresentavam as notícias. O programa apresentado por Xinran era um dos poucos espaços em que as pessoas podiam desabafar e falar de seus problemas pessoais. Nos relatos do livro, a autora possibilita a vozes antes silenciadas revelar provações, medos e uma capacidade de resistência que as permitiu se reerguer e sonhar em meio ao sofrimento extremo. Em condições extremas de vida, como a dos campos de reeducação da Revolução Cultural, afloram sentimentos de maternidade, compaixão e amor.