Leia com Elas indica: Tema Todas as Mulheres são Bruxas
Gostou do tema do mês? Todas as Mulheres são Bruxas
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Quer ler um pouco mais sobre o tema? Então, vamos deixar aqui umas dicas mágicas de leitura!
Calibã e a Bruxa, Silvia Federici.
Uma luz sobre duas questões históricas muito importantes: como explicar a execução de centenas de milhares de “bruxas” no começo da Era Moderna, e por que o surgimento do capitalismo coincide com essa guerra contra as mulheres. Segundo esse esquema, a caça às bruxas buscou destruir o controle que as mulheres haviam exercido sobre sua própria função reprodutiva, e preparou o terreno para o desenvolvimento de um regime patriarcal mais opressor.
As Bruxas: Intriga, traição e histeria em Salém, Stacy Shiff.
Com base em meticulosa pesquisa, a renomada jornalista Stacy Schiff, vencedora do Pulitzer, reconstitui com precisão histórica e prosa vibrante os acontecimentos daquele ano sombrio e o surto coletivo que desencadeou o drama das bruxas de Salem.
Um retrato em que Schiff traz à baila as ansiedades da América do Norte dos primeiros tempos para compará-las, brilhantemente, com as de hoje. Em nossa época de redes sociais, inimigos invisíveis e intolerância às diferenças, esta história sobre o obscurantismo religioso faz mais sentido que nunca.
História da Bruxaria: Feiticeiras, hereges e pagãs, Jeffrey B. Russel.
As bruxas são um estereótipo mutável na mentalidade coletiva. Sua tradição, repleta de perseguições e reviravoltas, tem uma trajetória silenciosa, mas não por isso menos verdadeira e devastadora. Este livro ouso dizer é o mais abrangente estudo sobre o tema, e o discute de forma lúcida e estimulante, sob diferentes perspectivas. Os autores examinam a gênese, o auge e o declínio da caça às bruxas e revelam como a bruxaria sobreviveu, ressurgiu, se reciclou e atua na sociedade contemporânea.
Torto Arado, Itamar Júnior.
Em torto arado têm três vozes narrativas.
A primeira traz a evolução de uma menina em mulher que sonha com sua família e com um lugar mais justo, ela ‘briga’ por seus desejos e segue, estuda, busca ter mais consciência do poder opressor que manipula e oprime seu povo (a mulher como bruxa que incomoda, transgride padrões, erra como todo mundo, mas tem a chance de perdoar e ser perdoada)
A segunda voz narrativa traz muito o sagrado feminino em consonância com a natureza e sua ancestralidade, ela vive da terra, ama a terra e tudo o que ela lhe dá, é sensitiva, percebe as nuances das mudanças, das estações, fala com gestos e olhar, enxerga muito além das aparências, procura amor num casamento, mas não encontra, sobre a opressão patriarcal, mas luta, enfrenta, sente a dor das mulheres que a rodeiam, vive sororidade (a mulher como bruxa que é sensitiva, integrante da natureza e de sua ancestralidade)
E a última voz narrativa é a própria feminilidade, o espírito da mulher anciã que viveu e viu a luta e dor de toda uma geração, é aquela que mesmo abandonada procura levantar as mulheres caídas e perdidas frente à toda repressão histórica e patriarcal ( a mulher bruxa que traz a crença, a magia, o sobrenatural, que resgata a história e é testemunha de novos tempos).